sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Mudanças!!!




Caros Leitores,

Desculpem-me o sumiço... Entretanto, os estudos tem cada vez mais comprometido o meu tempo... Assim sendo, decidi ficar por ora longe do Blog... De sorte que, quando passar essa onda estressante de vestibulares e provas, prometo voltar a publicar por aqui...

Enquanto isso, tenho mantido publicações regulares todas as quartas-feiras no meu Twitter (http://twitter.com/flawyosr)... Adoraria vê-los por lá, e, é claro, ter acesso aos preciosos comentários de vocês...

Fico então, vos aguardando então por lá... Abraços a todos e um ótimo fim de semana!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Feliz Dia dos Pais!!!



Pai, Herói e Companheiro


Pai
a tua presença constante
o olhar às vezes distante
me fazem te admirar.

Pai
o teu abraço apertado
mãos firmes e sempre ao meu lado
me dão forças pra caminhar.

Pai
o teu sorriso ilumina
a tua voz me fascina
me acalma nas foras de dor.

Pai
amigo, herói, companheiro,
sincero, leal, verdadeiro
o meu exemplo de amor.

Pai
hoje eu quero te agradecer
ter me dado o dom de viver
de ser forte, crescer e lutar.

Pai
quero dar-te um abraço bem forte
e sorrir bem feliz pela sorte:
ser teu filho e poder te abraçar.

A todos os Papais que passarem pelo Blog os meus Parabéns... Abraços afetuosos a todos!!!

Obs.: Poema de Leonardo André
Para acessar a Fonte: (Clique aqui)

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Coluna Teologia&Religião: "Oração aos Pais"




Caros Amigos, inaugurando a Coluna Teologia&Religião eu gostaria de lhes deixar como reflexão a pequena oração que me foi iluminada na sexta-feira a noite. Ela é significativa porque foi meu único ato bom naquele dia. Espero que façam bom uso dela.


"Deus, ajudai aos pais ser bem firmes na fé e no amor. Que eles aprendam que ter um filho é uma verdadeira graça vossa. Aprendam ainda que o mais importante para um filho não são os presentes, mas o carinho, a atenção, a amizade e o abraço acolhedor.
Deus, que aja respeito e aceitação no coração dos pais para com seus filhos. Que papai e mamãe estejam sempre abertos ao diálogo e a mudança. Que sejam verdadeiras pontes, Pai, entre vós e seus filhos. Amém."

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Coluna Extra: Paradas e Violência!



Prezados,

Eu publiquei recentemente um texto no Grupo do Yahoo "e-Jovens: Adolescentes e Jovens LGBT" e resolvi também publicá-lo aqui como uma introdução ao tema central da "Coluna Coisas da Vida" deste mês. Aguardo as opiniões de vocês. Assistam ainda ao vídeo do Youtube mostrando as cenas reais do espancamento do Marcelo na última Parada do Orgulho GLBT de São Paulo. Segue-se abaixo então o texto na integra e logo depois o video.



Meu nome é Fláwyo, tenho 25 anos e este é meu primeiro contato com o Grupo. Escrevo-vos de Rio Verde-GO e atualmente sou estudante.
Li os últimos post do Grupo que chegaram até o meu e-mail e fiquei pensando sobre os comentários feitos a respeito da Parada de São Paulo e o caso do espancamento de Marcelo.
Sabemos que este é mais um dos tantos casos de violência que atingem a população GLBTT.

Há pouco menos que 2 meses atrás pensei em organizar uma "Parada" em Rio Verde-GO.
Na ocasião houve muita resistência por parte dos meus amigos heteros e homos.
Uma amiga hetero chegou a me dizer: "Você é meu amiguinho querido... Não quero que você se machuque com isso..."
Um amigo gay: "Porque você quer mecher com isso... Eu já fui e acho um circo... Uma palhaçada tudo isso..."
Um casal de amigas lésbicas: "Você só pode estar doido... O que vai dar de beesha depenada na avenida..."
Uma travesti amiga: "Ah não, já levo na cara demais... Não preciso de mais borrachada não..."

Confesso que as opiniões embora todas contrárias não me deixaram tão preocupado como uma reflexão que fui fazendo ao longo das diversas conversas que tive com Presidentes de ONGS e demais Coordenadores de Projetos Sociais da cidade. Muitos me disseram: "Isso irá gerar morte na cidade... Você está pronto para ver isso acontecer"?

Mas meu interesse com tantas conversas era analisar o grupo com qual eu iria lidar, embora, eu não tenha encontrado dentre os meus aqueles que não tremessem diante da palavra PARADA. Outra amiga hetero chegou a perder o controle comigo quando disse estar pensando sobre organizar uma Parada.

Interessante que quando eu mencionava a essas pessoas as idéias que tinha sobre a "Parada" boa parte delas me disseram não concordar com o que viam na TV, ou com o que tinham visto durante suas participações em Paradas. Isso, porque as idéias que tive diferiam do formato concebido atualmente nas "Paradas" (aliás, nem de Parada eu chamei, por isso, as aspas). Todavia, como disse, a um amigo, não afirmo que minhas idéias sejam melhores ou que iriam produzir resultados melhores, porque não sei, não as testei. Apenas penso diferente e me comporto coerentemente com isso.

O fato é que analisando os atuais formatos em que as Paradas estão organizadas, acredito que elas favoreçam violências como as que ocorreram com o Marcelo e tanto outros. E isso pouco envolve questões sócio-econômicas.

A Parada deveria ser um momento de SENSIBILIZAÇÃO da comunidade em geral (aliás, este deveria ser o principal objetivo). Ela deveria dar conta de mostrar a população (sem distinção de gênero sexual) que somos humanos. Que não somos coisas ou objetos do acaso cultural. Enfim, ela deveria ser cativante suficientemente para comover a população em geral e fazê-la aliar-se a causa da diversidade sexual que não se resume aos GLBT.

Gritar para as pessoas que existimos pouco irá resolver a questão da homofobia. Acusar fulana e beltrano de serem preconceituosos etc e tal também. Isso não instrumentaliza a população e nem a motiva em torno da mudança comportamental. Ao contrário, assusta e gera mais violência. Vejam que não estou dizendo que tais ações são inúteis, estou apontando que elas são coercitivas do ponto de vista social.

Infelizmente, percebo a revolta justificada na população GLBTT. Estudos sociológicos e psicológicos apontam para as conseqüências nefastas da marginalização social. Porém, a população GLBTT também deve ser sensibilizada e motivada a respeitar e aceitar os limites do outro. Vejam que não menciono que com isso devamos ser passivos.

Em suma, o que quero lhes dizer é que a população como um todo deve ser levada ao encontro com a diversidade, sem que se façam tantas menções aos gêneros sexuais, afinal, somos todos humanos (e este deve ser o foco principal), e a sexualidade é apenas uma pequena variável de tudo isso.

Em suma, penso que o Movimento das Paradas já fizeram muito sim (seria hipocrisia de minha parte dizer o contrário), entretanto, podem e devem avançar mais. Porém, é claro, isso será um processo longo e extenso que não irá se resumir em dias pontuais ou em programações semanais.

Bom, acredito que me estendi demais. E deixo a palavra com vocês.
Abraços a todos... É um prazer estar no grupo.



Para assistir no Youtube click aqui

domingo, 21 de junho de 2009

Diário de um Pensador: “Amigos...Sempre”!



Prezados amigos, esta semana que se passou eu refleti muito sobre a amizade, tive experiências belíssimas com os meus amigos de faculdade e neste post irei comentar um pouco do que pensei. Afinal, eu já havia me esquecido do quanto é bom estar entre os amigos, em face da crescente quantidade de tarefas que tenho a fazer.

Eu já estava ficando deprimido e exausto. Parecia que minha luta já não compensava mais. Eu estava me isolando demais por causa dos meus objetivos ligados ao vestibular, e, por isso, entendi perfeitamente quando Vinicius de Moraes diz num de seus poemas que se todos os seus amigos sumissem ele haveria de ficar louco.

Engraçado que durante muito tempo eu realmente acreditei que não precisava de amigos em minha vida, talvez nesse tempo eu era o louco que Vinicius colocou. Neste tempo eu não tomei ciência da minha solidão e nem tão pouco via importância nisso. Então, nesta semana fiquei me lembrando do tempo em que estudava exaustivamente para simplesmente fugir das minhas dores.

Confesso que foi um tempo produtivo no plano acadêmico como nenhum outro tempo (especialmente nos três primeiros anos da graduação), eu me deitei sobre diversos campos das ciências humanas e sociais e avancei muito no curso de psicologia. Todavia, isso me roubou muito tempo de convivência com todos a minha volta. Eu era o que uma amiga certa vez me emocionou dizendo, uma verdadeira fortaleza, onde poucos podiam entrar.

Tudo isso, é claro, era resultado da enorme quantidade de agressões que eu havia sofrido durante os anos escolares. Eu me fechei para me proteger. Não queria que ninguém me machucasse mais. No entanto, ao me fechar eu perdi também a oportunidade de me relacionar com as pessoas agradáveis e amáveis que por ventura estivessem a minha volta, as quais, inclusive poderiam me ajudar a reaver a necessidade de demasiada defesa.

Nos encontros que tive com os meus amigos está semana, tudo isso me passou como um flash instantâneo e dia pós dia fui me lembrando do quanto o Flávio se abriu durante a graduação. E isso só foi possível porque me encontrava em um terreno onde as pessoas me permitiram e me ajudaram nisso.

Os anos psicoterapia contribuíram muito nesta mudança e é claro o meu esforço crescente em compreender as ciências humanas e sociais. Mais nada me mudou tanto quanto os meus amigos, e, é claro, não apenas os meus amigos da faculdade, mas todos os que compõem o meu círculo de amizades.

Hoje percebo que cada pessoa possui uma habilidade diferente e ímpar, com a qual podemos aprender um pouco, e, desta forma, melhorarmos enquanto seres humanos. Logo a máxima tende a ser verdadeira, quanto mais amigos possuímos maior é probabilidade de sermos pessoas mais sociáveis e possivelmente experimentarmos o sentimento de contentamento através do pertencimento. Evidentemente, que esta máxima é relativa porque depende da medida em que a pessoa reflete e crítica sua experiência diária.

Muitos poderiam me perguntar agora: Ah! Flávio esses amigos que você está mencionando são os que chamamos de verdadeiros e sinceros, não é? Então poderia lhes responder que não necessariamente, todas as pessoas que passam por nossa vida produzem mudanças significativas em nós. Afinal, como diria alguns existencialistas, ninguém sai ileso de uma relação.

Portanto, o que quero sinalizar a vocês é que por mais que tenhamos critérios quanto aos nossos amigos, dentre eles a sinceridade (mais precisamente a autenticidade), seríamos felizes em considerar a todos como amigos, pois, nós somos o resultado do desejo do outro, como dizia Lacan. Ou seja, neste mundo o Tu é tão necessário e vital quanto o Eu, como dizia Buber, porém, infelizmente poucos se certificaram disso. E infelizmente muitos são os que vivem acusando o mundo de seus infortúnios.

Poucos conseguiram sublimar a experiência considerada negativa e aproveitar o seu verdadeiro cerne, o conhecimento diário. Isso só é possível quando reconhecemos que a vida diádica é erguida em cima do sofrimento, pelo menos por enquanto. Bom seria é claro, que pudéssemos atingir outro status quo sem a necessidade demasiada do sofrimento. Outrossim, nenhuma crença irrestrita em regras de sobrevivência irá sobrepor o sabor de ser viver uma experiência.

Queridos, por hoje é só. Adoraria agora saber de vocês o como pensam sobre suas amizades e o quanto acreditam que elas contribuíram para formá-los enquanto seres humanos.

Abraços a todos vocês e linda semana...

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Diário de um Pensador: A rotina nossa de cada dia!



Olá amigos,

Peço desculpas pelo exímio atraso desta coluna, mas, meu tempo está cada vez mais comprometido. É muita coisa para estudar e freqüentemente não estou conseguindo me desdobrar para vir até aqui, ou, por exemplo, atender ao orkut e e-mail etc. Mas, vamos que vamos...

Quero começar essa coluna falando um pouco sobre a rotina diária nossa de cada dia. Já repararam o quanto é difícil mantermos uma rotina. Parece que o nosso corpo já possui uma rotina própria e nós já nos habituamos a tal ponto que a probabilidade de fracassarmos numa "simples" dieta, por exemplo, é alta. Isso sem falar nos planos infindáveis de estudar para subirmos de cargo, sermos aprovados em concursos públicos ou em exames vestibulares.

Ao longo da minha faculdade eu questionei muitos dos meus comportamentos, os quais, eu os exibia ao longo do Ensino Médio e do Ensino Fundamental. Vejam bem amigos, estou lhes falando dos meus comportamentos acadêmicos. Minha vida era memorizar, e, aliás, eu me dava muito bem com isso. Sempre tive o que povo chama de memória fotográfica. Então, na escola em disciplinas que eu pouco me sentia atraído - área de exatas precisamente - eu usava a tal da memória fotográfica e nas outras - humanas e biológicas - eu me esforçava por entendê-las.

Além delas, tinha a tal da filosofia que eu já estudava desde os 10 anos por conta própria. Sempre achei um máximo pensar sobre a existência humana, aliás, meu nome deveria ser pensador (risos), porque eu vivo disso. Está certo que hora e outra eu me perco, mas, tudo bem, porque quem pensa viaja e nem sempre estamos preparados para encontrar o que vemos nessa viagem.

Mais voltando, quando eu entrei na faculdade, eu fui cada vez menos requisitado a utilizar a memorização como recurso de aprendizagem, eu era freqüentemente solicitado a compreender e a pensar sobre determinado conteúdo. No máximo, eu memorizava nomes de autores e datas durante a graduação, nada mais. Porém, agora estou tendo que reverter o meu comportamento acadêmico. Parece que a norma dos concursos e dos vestibulares é a memorização e constantemente eu sou incitado a fazê-la.

Fico decepcionado porque em um país com enorme potencial científico como o Brasil, ainda é necessário que os alunos aprendam por meio das famosas "decorebas". Sinceramente, eu acho isso ridículo. Acredito que a memorização é parte do processo de aprendizagem e neste quesito estou tentando reavê-la, depois de certo tempo sem usá-la tanto. Entretanto, a memorização não permite ao aluno o conhecimento suficiente para conduzi-lo à aplicação do conteúdo apresentado em sala de aula. Ou seja, eu vejo que há duas pontas de um mesmo processo sendo que não se anulam ou podem ser dispensáveis.

Eu espero que com tantos alardes do Ministério da Educação, de reformas e mais reformas, o Brasil mude os rumos do aprendizado no meio nacional e comece a valorizar e a incitar o poder crítico de seus cidadãos. Realmente precisamos de professores mais criativos e de que o aluno não seja confundido com um mero autômato colocado num banco de escola.

Aliás, era assim que eu me sentia quando estudei num dos mais famosos colégios privados de Goiânia-GO. Para quem tem plena ciência de tudo o que coloquei acima, trata-se de um show de horrores ver constantemente professores incapazes de serem criativos acusarem os alunos de serem incompetentes no aprendizado, quando na verdade a maior incompetência é deles. É claro que tinha umas exceções lá, mesmo que raras (risos).

Então, sinceramente eu fico chateado por hoje ser cobrado a respeito disso. Pior ainda é que eu tinha uma rotina de estudos muito acentuada, tanto na graduação quanto na escola. Todavia, isso era um dos meus mecanismos para fugir dos meus problemas pessoais, que na época me faziam sofrer demais. Como hoje boa parte deles foram superados, graças ao meu esforço e a dedicação da minha família e de alguns amigos, eu não vejo mais necessidade de ficar maçando o dia todo em cima do livro.

No entanto, hora ou outra alguém também me cobra isso (risos). Parece que a coisa já é cultural. Isto é, as pessoas acreditam não apenas no modelo da educação mnemônica, mais também acreditam que ela deva ser massiva. Enfim, a cultura realmente pensa que é só através do sofrimento que o homem pode reaver sua dignidade. Fico extasiado com isso, porque as ideologias do capitalismo podem aniquilar todo potencial criativo de uma sociedade, como dizia Marx. Bons tempos serão aqueles em que as crianças tiverem o desejo e o prazer de ir e estarem na escola, como afirmou Skinner.

Bom, meus queridos. Eu fico por aqui, e, portanto, encerro o primeiro post desta coluna. Gostaria de saber a opinião de vocês a respeito de tudo o que coloquei. Fiquem a vontade, ok...

A propósito, como este é mês do Orgulho Gay o texto de junho da Coluna "Coisas da Vida" versará sobre as Paradas... Fiquem atentos...

Abraços para vocês e ótimo feriado...

P.S.: Agradeço o carinho dos amigos Dinho e Xandy... E é claro, tentarei ser mais freqüente aqui... Abraços especiais para os dois!!!

terça-feira, 19 de maio de 2009

Mudanças no Blog!



Amigos, farei algumas mudanças no Blog. A partir do dia 24/05/2009 o blog passará a contar com uma nova coluna de post, permanecendo então com duas colunas informativas.

A primeira coluna, será mensal e denominada de "Coisas da Vida". A segunda, será semanal e denominada de "Diário de um Pensador". Os objetivos da primeira, continuando atrelados a que lhes coloquei no primeiro post do blog, bem como, ao Poema "Cose Della Vita". Já os objetivos da segunda, irão centrar sobre os aspectos mais triviais e cotidianos da minha vida.

Logo, esta nova coluna irá abranger o que vivo diariamente e o que vou concluindo a respeito destas experiências. Sendo assim, esta coluna não será planejada como a outra, e portanto, será bem mais fugaz.

No futuro, espero incluir outras colunas, no blog. Já que a existência deste blog como um todo permanece em torno da Crítica e da Polêmica, conquanto, colunas sobre religião e comportamento humano, são bastante interessantes, embora, tais temas já apareçam por aqui de uma maneira ou outra.

Fico então aguardando vocês aqui, toda semana. Abraços a todos e obrigado pela atenção. Ah, e por favor, caso tenham idéias e sugestões de temas ou de mundaças neste blog, não hesitem em me dizer.

Até logo!

domingo, 10 de maio de 2009

Ensino Público: benefício da maioria ou da minoria?

Alunos comemorando a Entrada na Universidade em 2009.


Caros amigos, no post anterior conversamos um pouco sobre as ilusões da ciência psicológica no que tange "fenômeno" da felicidade. Neste debateremos basicamente sobre algumas ilusões que concorrem a um dos mais famosos ritos de passagem na nossa sociedade, a entrada na Universidade.

Indubitavelmente, sempre ficamos extasiados quando por algum motivo fazemos um estudo da Consituição Federal Brasileira, e nos deparamos com artigos como o 205 que disciplina a "Educação como um direito de todos". Além do âmbito nacional temos a Declaração Universal dos Direitos Humanos de abragência internacional que no seu artigo 26 coloca a educação como um direito fundamental da humanidade, abrindo espaço à felicidade e ao aprendizado de um ofício. Entretanto, uma rápida olhada no sistema educacional brasileiro e já podemos constatar que as coisas não seguem estes lindíssimo ideais.

O processo de seleção empregado pelas Universidades é um grande exemplo de exclusão em nosso meio, bem como, de derespeito tanto à Carta Magna do Brasil, quanto à Carta Universal do Mundo. Infelizmente, esse é um processo mantido ainda por meio de alienação ideológica, pois, notamos também o modo como a cultura valoriza o sofrimento como meio de dignificação do homem.

Não muito raro vemos propagandas na TV de pessoas em condições paupérrimas que conseguem sobreviver e são aclamadas como exemplo nacional de superação, quando na verdade deveriam servir de exemplo para a revolta da sociedade em geral por permitir que pessoas passem por demasiado sofrimento quando na verdade todas são iguais perante a Lei. Assim, do ponto de vista crítico, poderíamos nos perguntar, por que alguns "merecem" passar por demasiado sofrimento para simplesmente sobreviverem, enquanto, outros desfrutam da riqueza da nação sozinhos? Parece muito coerente aqui a lógica do capitalismo selvagem que influi no sujeito a ideologia de que ele só não é rico, porque não quer, desprezando as desigualdades sociais, bem como, as diferenças de oportunidades.

No que tange ao Ensino em si, ultimamente o Governo tem feito propostas de melhoria do Sistema Público de Educação Brasileiro, especialmente, a propalada "Reforma do Ensino Médio" e a "Unificação do Vestibular através do novo ENEM" (todas anunciadas para 2010). Todavia, donos de grandes redes de ensino, especialmente, os que possuem em suas insituições, os famosos "Cursos Pré-Vestibulares" mechem-se no sentido de tentar impedir tal modificação do sistema.

Se olharmos deste modo talvez acreditemos que as propostas de avanço instrumental e tecnológico que o Ministério da Educação deste governo tem proposto e discutido por estes dias produza algum alento. Conquanto, há de se refletir que na verdade as mudanças sugeridas pelo governo são paleativas, isto é, por si só não resolvem a pendenga. Aliás, enquanto a entrada na Universidade parecer-se com um "funil" onde só entram aparentemente os que são classificados como os "melhores", o vestibular está longe de deixar de existir.

Criado em 1911, pelo então Ministro da Justiça e Negócios, Rivadávia da Cunha Corrêa, o vestibular, é mais velho do que nossos avôs. Já nesta época o vestibular surge como um alternativa ao aumento de alunos em relação à oferta de vagas, porém, ao longo do tempo tal fato foi sendo camuflado com a idéia da meritocracia ou sistema de méritos (isto é, entra que mais méritos - pontos - consegue na prova).

O sistema de méritos caminha no extermo oposto do sistema democrático que é a base da política brasileira, ou ao menos deveria ser. Enquanto a democracia prega a igualdade de todos perante o Estado, a meritocracia afirma o contrário, somente alguns merecem o crédito e o investimento do Estado. E parece que esses alguns se tratam da parcela mais rica da sociedade, pois, uma rápida entrada em Universidades Públicas no Brasil, e já no primeiro bloco notamos a presença de carros que não são nacionais (e detalhe, são de alunos). Tal fato, é comum, a Universidade Pública é o reduto dos ricos e poderosos e a Universidade Privada, dos pobres e de classe média. Parece que o Projeto de Lei referente ao "Sistema de Cotas" que ainda tramita no Senado será outro exemplo de como amenizar as desigualdades sociais e raciais (isto é, a exclusão) no Brasil.

Ainda assim, podemos considerar algumas vantagens na proposta do governo de modificar o processo de seleção universitário, substituindo os vários tipos de exames e unificando o vestibular nas Universidades Federais, tais como: a diminuição das distâncias e a possibilidade de uma avaliação mais crítica e pragmática do conhecimento dos alunos, levando em conta não apenas a capacidade mnemônica, mais também a capacidade de pensar e aplicar determinado conhecimento. Destarte, é preciso que entendamos que tudo isso, são formas de se avaliar o aluno, entretanto, nenhuma delas é garantia de sucesso acadêmico.

O fato em questão é que além de excluir, o vestibular também demanda diversas conseqüências negativas ao aluno, especialmente, do ponto de vista psicológico. Muitos alunos se empenham anos a fio em cursos pré-vestibulares caríssimos, de modo que, alguns deles já superam o "conhecimento" reproduzido pelo próprio professor, que de tanto repetir a mesma matéria o tona obsoleto e sem sentido.

Assim, muitos são os alunos que poderiam ser mais bem beneficiados por uma psicoterapia, para aprenderem a redirecionar comportamentos que os remetem ao estresse, a ansiedade e ao suicídio (como ocorrem em países como a China), do que, a "aposentadoria" em cursos pré-vestibulares. No entanto, aos donos de grandes colégios e redes de ensino, falta conhecimento a respeito de psicologia e interesse em ajudar os alunos, aliás, há mais interesse em manter os alunos (especialmente, os que pagam em dias) do que necessariamente ajudá-los a superar suas dificuldade que não estão no âmbito do conhecimento mnemônico (que é a principal via de apredizagem trabalhada nestes tipos de colégios; com raras exceções, é claro).

Como se se não bastasse muitos alunos ainda acreditam na ideologia de que só serão grandes profissionais caso estejam numa bem vista Universidade. Cada país possui suas Unviersidades de grife, que são as prediletas das empresas, do governo etc. Mas, a questão é tão relativa quanto á avaliação. Nem sempre a melhor Universidade na opinião pública é a melhor para o aluno.

Acredito inclusive que deveria haver dispositivos legislativos no Estado que coibissem tal visão e não facilitadores como ocorre hoje com o famoso ENADE (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes), que ao divulgar as Universidades que obtiveram "melhores" notas neste ou naquele curso, acaba que por funcionar como um sistema de marketing social ilusório. Fato este que não convém, pois, tais informações obtidas pelo INEP e o MEC deveriam ser empregadas exclusivamente com o objetivo de melhorar a qualidade do ensino, conduzindo neste caso à equalização da educação pública superior em todo o território nacional. Entretanto, até o presente momento o ENADE (e de certo modo o "antigo" ENEM) tem mais servido ao propósito de catalisador do Sistema do que a este ideal.

Ademais, os alunos precisam ser conscientizados de que as habilidades acadêmicas são muito mais importantes para o sucesso educacional do que necessariamente a Instituição de Ensino. Aliás, a maioria das Insituições de Ensino Superior tidas como as "melhores" arranjam maneiras de verificarem se o aluno possui essas habilidades desenvolvidas, já que não é compromisso seu desenvolvê-las durante o processo de formação. Alguns exemplos destas habilidades são: leitura crítica da realidade, autonomia ou autodidática na aprendizagem, organização e planejamento do tempo de estudos etc. Destarte, tais habilidades deveriam ser o foco da educação básica, especialmente, no 1º Ciclo do Ensino Fundamental.

Em suma, acredito que se o Sistema de Ensino Brasileiro (Fundamental e Médio) avançasse no sentido de tornar as aulas momentos distintos e únicos de experimentação, pesquisa básica e aplicação técnica do conhecimento aprendido em sala, levando de fato o aluno a transofrmar sua realidade sócio-histórica e não apenas sumarizando os produtos da ciência, e, portanto, desconsiderando o aluno como sujeito criativo e dinâmico passível de ir além da mera arrolagem de conhecimento, conseguir-se-ia provavelmente grandes feitos neste país, especialmente a eliminação definitiva do vestibular, já que o mesmo se tornaria injusticado diante da altíssima desenvoltura acadêmica dos alunos. Para colocar de vez o problema do vestibular no cemitério seria também necessário que o número de ofertas de vagas ultrapassasse o número de alunos matriculados no Ensino Médio, proporcionalmente a cada Unidade Federativa do País.

Meus caros, essas são algumas das idéas básicas que acredito que deveriam nortear o Estado em sua atuação no perímetro do Ensino Público deste país. Não sejamos hipócritas de afirmar que são as únicas. Para tanto, gostaria de conhecer a opinião de vocês sobre o tema, especialmente, se concordam ou discordam com as reflexões aqui trazidas.

Leia mais sobre a Reforma do Ensino Médio, acessando o link abaixo (Informações da Agência Brasil):
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/05/04/materia.2009-05-04.9074292711/view

Leia mais sobre a Unificação do Vestibular nas Universidades Federais, acessando o link abaixo (Informações da Folha de São Paulo Online)
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u565475.shtml

Feliz Dia das Mães!




Poema às Mães

Mãe, vi o mundo tive medo
A reação foi um grito,
Me acalentastes em teu colo
Foi um gesto tão bonito,
Aprendi com teu amor
E no amor eu acredito.

Mãe teu calor, teu aconchego
Me aqueceu na noite fria,
Na manhã da primavera
Ouvi tua melodia,
Eis aqui meu sentimento
Transformado em poesia.

Mãe significa amor
Seu mérito é o perdão,
Se o filho comete um erro
Lhe corta o coração,
Mas ela para defendê-lo
Enfrenta um batalhão.

Deus lhe deu sabedoria
E o dom da perfeição,
Ler dos filhos os pensamentos
Saber deles o coração,
Acredita no amor
Como a única solução.

Tão sensível coração
E tão forte quando é preciso,
Dá a vida em prol do filho
No momento decisivo,
Por isso mesmo ser mãe
É padecer no paraíso.

Como mulher és exemplo
Como mãe és uma santa,
Teu carinho, teu amor
O mundo inteiro encanta,
Agora vou encerrar
Sinto a voz embargar
E ficar presa à garganta.

À todas as Mães que freqüentam o blog... os meus PARABÉNS... E o meu desejo terno de um FELIZ DIA DAS MÃES!!!

Obs.: Poema de Edisio Araújo.
Fonte: http://www.poesiascomamor.com/poesias_de_mae.htm

quinta-feira, 2 de abril de 2009

O Tesouro Eterno: a incessante busca pela felicidade

Cena do Filme "Em busca da Felicidade" *

Caros amigos, no último post tratei com vocês de algumas ilusões ligadas à religião, neste comentarei sobre outras ligadas à ciência, as quais, penso ser de foro íntimo e coletivo.

Ademais, desde os primórdios dos tempos o homem vem tentando achar uma fórmula ou um meio em que pudesse haver-se a si mesmo, a sua felicidade. Durante boa parte deste tempo, coube a filosofia e as artes a tentativa de entender a felicidade. Mas recentemente alguns cientistas criaram uma tal de “Ciência da Felicidade” (veja as reportagens no fim deste texto), numa tentativa desesperada de entender ou vender os mecanismos que levam o ser humano a tal “estado de espírito”. Mas de fato, minha pergunta refere-se à possibilidade de que tal empreendimento possa produzir frutos coerentes. A isso nos deteremos mais abaixo.

Sinceramente fico preocupado quando a ciência constrói para si e para a sociedade mais ilusões e crenças, quando na verdade seu papel deveria ser o de desmistificar a realidade humana, ajudando o homem a se livrar de seus fantasmas e não o onerando com mais. Porém, me parece muito mais um jogo de marketing em torno do pote de ouro do que uma tentativa de fato de tratar de maneira objetiva os fenômenos que são nomeados pelo senso comum como felicidade. Destarte, felicidade em si, não passa de um sentimento, uma emoção humana, ou ainda um estado e não uma forma de ser ou de comportar-se. Com isso, eu pergunto a vocês, como produzirmos um sentimento ou um estado que depende da história de vida de cada ser?

De certa maneira a ciência a meu ver reforça a obrigação de sermos felizes a todo custo. Vejo tentativas de evitar e fugir do que pode ser entendido como custoso a vida diária do homem de todas as maneiras tangíveis e intangíveis. Aliás, o esforço do homem com o empreendimento da ciência sempre foi o de encontrar maneiras em que pudesse poupar-lhe de “dificuldades”. Vejamos um exemplo idiota, porém bastante prudente para nossa análise: pensem em quanto esforço o controle-remoto de uma TV poupa o homem, ainda mais se estiver doente. Mais exemplos de intolerância ao “sofrimento” constituem-se nos medicamentos usados para suprimi-lo, como por exemplo, o Prozac (Fluoxetina). Porém, é claro, existem quadros psiquiátricos crônicos que demandam de medicação específica.

Não obstante, o Zaratrusta de Nietzsche deseja aos seus melhores amigos os sofrimentos mais ilimitados que o ser humano possa suportar, e, de fato, o faz porque este trata-se do principal motor de “evolução” social da humanidade. O que entendemos como difícil (conflituoso), nos leva a perceber questões em nós mesmos, que jamais chegaríamos por outras vias, como afirmava Freud.

Tudo o que nos impulsiona à novidade, bem como, a discrepância comportamental deve-se ao que vulgarmente chamamos de conflito, ou possibilidades de escolhas diferentes. Isto é, diferenciar-se é necessário para a sobrevivência da humanidade. Tal variabilidade comportamental é resultado do modo como cada um se relaciona ou se relacionou com o mundo a sua volta. Cada vez que experienciamos algo, nos tornamos diferentes para sempre. Assim, nunca somos os mesmos, e eis que surge um dos infinitos humanos, a possibilidade de se comportar.

Logo é incoerente afirmamos que as circunstâncias passageiras afetam menos o comportamento do que o emaranhado genoma do sujeito. Ora, se toda vivência nos altera, nossos genes não seriam alterados também? Portanto, amigos é uma ilusão nossa acreditarmos que podemos nascer felizes, que somos ou seremos felizes, quando na verdade o que a vida nos oferece são experiências das mais variadas possíveis que estão em acordo com nossas “escolhas”.

Essas escolhas, por exemplo, dependerão da cultura em que estamos inseridos, da postura religiosa que assumirmos, do sistema econômico que somos submetidos e etc., logo experimentar o sentimento de felicidade relaciona-se também ao modo como a sociedade a nossa volta se estrutura. Por exemplo, sujeitos que acreditam que só experimentarão a sensação de felicidade quando estiverem na vida eterna, como defende a Igreja Católica, podem adquirir comportamentos autopunitivos quando desobedecem algum dogma (ou lei) dessa agência de controle. Esses comportamentos autopunitivos podem ser inclusive auto-lesivos, como a “flagelação”. Isso tudo em nome de uma sensação que é intrinsecamente humana e não divina.

Conquanto, mais válido seria se procurássemos compreender nossa história de vida através de uma análise crítica de nossas experiências do que se remetêssemos o sentimento de felicidade a Deus, a uma personalidade “x”, a um gene “y” etc. O autoconhecimento, pode nos ser bastante útil se decidirmos nos conscientizar do que está associado à felicidade de cada um. De antemão, podem ter certeza de que se trata de muitas categorias comportamentais, sendo que, cada uma possui uma relação histórica diferente em nossas vidas. E de fato isso é tão possível na clínica psicológica, através da psicoterapia como na vida diária, através da auto-análise.

A ilusão colocada praticamente vai de encontro à de nos transformarmos em máquinas em que ministrado o devido comando tudo desaparece. Quem assistiu ao Filme “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”, sabe do que estou falando.

Ademais, somos obrigados a conviver com as crescentes propagandas nas Emissoras de TV, das quais, associam o sentimento de felicidade com os mais variados bens de consumo, como: carros, bebidas alcoólicas, roupas, jóias etc. A mensagem passada é: Você quer ser feliz?; Então compre (Seja o primeiro a ter)... É tolo, pensar que muitos ainda caem nessa falácia.

Em suma, amigos, não concordo com uma ciência que tente produzir artificialmente estados subjetivos. Mais útil seria se a ciência compreendesse as relações por detrás do comportamento humano que também são responsáveis ou foram em algum momento da evolução por sentimentos e sensações, do que vender hipóteses parecidas as de que o "Papai Noel" existe ou que o "Coelhinho da Páscoa" traz chocolate. Neste ato a ciência deixa de integrar o campo objetivo para ocupar o subjetivo, perdendo com isso seu poder de generalização.

Para ler a matéria na Revista Super Interessante, acesse o link abaixo:
http://super.abril.com.br/superarquivo/2005/conteudo_376784.shtml

Para ler a matéria na Revista Galileu, acesse o link abaixo:
http://revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu/0,,EDG84828-7855-208-8,00-FELICIDADE+CONSTRUA+A+SUA.html

Para ler a matéria na Revista Mente&Cérebro, acesse o link abaixo:
http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/a_construcao_da_felicidade.html

*Assista ao Trailler do Filme "Em Busca da Felicidade" no YouTube através do link abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=_xcZTtlGweQ

segunda-feira, 9 de março de 2009

Defesa da Vida ou da Morte?

Meus caros amigos, as ilusões da vida que iremos nos concentrar são bem menos aparentes do que possamos imaginar. Parece-me curioso os fatos que tenho acompanhado recentemente na mídia nacional sobre o caso de uma criança recentemente submetida a um aborto, bem como, as declarações da famosa “Igreja Católica Apostólica Romana”, na qual, têm-se de um lado uma Igreja rica e poderosa e de outro, uma criança de nove anos, estuprada desde os 6 pelo padrasto de 23 anos, residindo com a mãe num bairro de classe baixa em Pernambuco. Portanto, a primeira ilusão que se pode refletir no dias atuais com grandes influências na vida diária, é a religiosa.

Minha preocupação centra-se no direito das pessoas de exercerem suas escolhas, mesmo que estas do ponto de vista existencial dependam de tantos fatores, que nem sei se é adequado denominá-las de escolhas. Ora, eu me pergunto, qual é o maior ato de violência, o estupro da menina ou a excomunhão da Igreja em nome de Deus?

Caros amigos, antes de nos atermos a esta pergunta, é preciso que compreendamos algumas questões históricas e sociais, e neste exato momento, os crentes na Igreja que me perdoem, mais para mim, a Igreja se igualou com o padrasto da menina, do ponto de vista da violência, a qual, desumaniza o ser e o coisifica. Assim, conforme, as Comunidades Eclesiais de Base da Itália, novamente a Igreja se mostra atrasada e muito distante da realidade humana (1). Aliás, sua proximidade é com uma realidade tão utópica e arcaica que só encontra sentindo maior nos seus textos Doutrinários.

A Igreja parece desconhecer os próprios ideais que o seu Cristo defendia, ou seja, enquanto seu Cristo acolhia, perdoava e amava, ela excomunga (isto, é, exclui), condena e julga, e ainda por cima se intitula cristã. Logo, me parece a mesma ocupar um lugar um tanto desprezível e preocupante. Portanto, passível das mesmas críticas que o próprio Jesus fazia ao Judaísmo, do qual, descende o Catolicismo. Outrora, não podemos esquecer que tal postura é adquirida por meio da Lei Magma da Igreja, o Código de Direito Canônico, que estabelece o seguinte Canôn: “Quem provoca aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sententiae” (Can. 1398). Como se coubesse a Igreja ocupar um lugar inerente a sua própria Divindade, fazendo-nos, incorrer a seguinte dúvida: Afinal, quem é o Deus Católico? Iahweh ou a Igreja Católica?

Coerente, ao Código de Direito Canônico encontra-se o Catecismo da Igreja mencionando o aborto como verdadeiro crime e/ou delito contra a concepção da vida, como se a Igreja tivesse noção do inicio da vida e pudesse universalizar a cultura dos povos; posições das quais nem a medicina, nem a antropologia ousaram racionalmente. Ademais, para encerrar-se o show de incoerência teórica e prática pronunciamos o Compêndio da Doutrina Social da Igreja que ao se referir sobre o aborto reconhece a liberdade religiosa da pessoa e pressupõe a não coação das mesmas a agir contra sua consciência. Destarte, se observarmos bem trata-se de um verdadeiro disparate numa Igreja que coage as pessoas por meio de punições, como excomunhão.

Aliás, há muito tempo, a Igreja se declara como a voz de Deus no mundo, se intitulando como a única Igreja verdadeiramente criada por Jesus Cristo. Conquanto, qualquer livrinho de questionamento aos protestantes encontra-se esta falácia divulgada no primeiro capítulo. Eu mesmo cansei de escutar tais afirmações desconexas com a verdadeira realidade. Ninguém diz por exemplo que a Igreja Católica, oficialmente do modo que a conhecemos, foi criada pelo próprio Imperador Constantino, possivelmente para ampliar seu controle político e social sob o Império Romano. Aliás, para isso ele fez várias sugestões aos Bispos do Primeiro Concílio de Nicéia, as quais, foram muito bem aceitas, dentre elas a divisão de Deus em três pessoas (a famosa Santíssima Trindade), influenciando também sobre a decisão pela deidade de Jesus Cristo.

Não obstante, é curioso que a Igreja sempre arranje um jeitinho de comprovar na Bíblia suas exímias explicações. Especialmente esta sobre sua criação que conforme os Bispos de Nicéia, encontra-se ressoada nas afirmações de Jesus quando diz a Pedro: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela” (Mt, 16, 18). Ademais, parece-me muito mais correto a interpretação teológica de que Jesus afirma da Igreja se referindo aos seres humanos como templo da morada de Deus e não de uma Igreja Hierarquizada e Burocrática, derivada de antigas doutrinas judaicas, egípcias, babilônicas etc.

Assim, a Igreja que deveria cumprir um papel, segundo ela mesma afirma, de reunir as pessoas em volta do amor de Deus, faz justamente o contrário, gerando ódio e violência entre as pessoas. Infelizmente, não é de agora que isso tem acontecido, desde os tempos da “Santa Inquisição”, que de santa não teve nada, a Igreja vêm descumprindo seu papel no mundo, matando pessoas inocentes em nome de preconceitos (muitas mulheres foram assassinadas pela Igreja sobre o pretexto de feitiçaria ou bruxaria quando na verdade eram curandeiras e/ou benzedeiras) e enganando as pessoas (vendas de indulgências).

Portanto, descrito o cenário histórico e social, podemos nos deter à pergunta primordial. Entendo, que a menina e sua irmã de 14 anos tenham sofrido por três anos violências em seu corpo, das quais, jamais poderão ser esquecidas, nem por elas, nem pelas pessoas que se importam. O fato é que a excomunhão pronunciada pela Igreja aos médicos e a mãe das crianças encontra sentindo na excreção pública, e portanto, as conseqüências psicológicas para estas pessoas, serão bem maiores. Elas terão que lidar com o preconceito e exclusão onerado pela própria Igreja de “amor”. Logo, estas pessoas sofrerão bem mais e por um tempo que não se pode determinar. É por isso, que conforme o Promotor Roberto Tardelli, a justiça poderá ser acionada para este caso e intervir nas decisões do Arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, a despeito da excomunhão (2).

Outro fato, a ser analisado e que corrobora tal visão, centra-se nas declarações, do cardeal baiano, ao afirmar que os gêmeos que a menina gerava não tinham culpa. Sobre isso, poderia se perguntar: E a menina tem culpa de ter sido estuprada? Afinal, o fato de sua vida correr risco não importa a Igreja? Quem é que Deus queria salvar na visão da Igreja, a menina ou os gêmeos?

Portanto, meus caros, vejam o tamanho da incoerência declarada. Imaginem uma criança morrer antes do quinto mês de gestação (conforme avaliação de mais de um médico), porque a Igreja considera pecado interromper uma gravidez forçada pela violência. Ou seja, é duas violências ou mais sendo executadas ao mesmo tempo. Assim, não se passa de uma ilusão a tal defesa da vida, alegada pela Igreja, na verdade o que se defende é a morte, e o pior, ao certo, seria dos gêmeos e da menina também.

Em suma, vejo a mesma Igreja que matou tantas pessoas em nome do seu preconceito, agora tentando deturbar a laicidade do Estado; logo exercendo influência sobre a noção de justiça de todos. Tal postura deve ser eximiamente refreada pelo poder judiciário de qualquer país, já que “Órgãos Sociais” quaisquer não devem desempenhar poder coercitivo sobre as pessoas. Ademais, onerando-as de atos de violência tão corruptíveis como as tais excomunhões.

Obs.: (1) Leia a reportagem da Folha de São Paulo, a respeito das declarações das Comunidades Eclesiais de Base da Itália. Acesse através deste link: http://noticias.uol.com.br/ultnot/ansa/2009/03/07/ult6817u1905.jhtm

(2) Veja a Video-Reportagem no UOL Mídia, com as declarações do Promotor Roberto Tardelli. Acesse através deste Link: http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/assistir.jhtm?media=promotor-excomunhao-pode-ser-contestada-na-justica-04023164E0C97326

domingo, 8 de março de 2009

Dia Internacional da Mulher!

Mulher

Você que busca no dia a dia sua
independência, sua liberdade, sua
identidade própria;

Você que luta profissional e
emocionalmente, para ser
valorizada e compreendida;

Você que a cada momento tenta ser a
companheira, a amiga, a "rainha do lar";

Você que batalha incansavelmente por seus
próprios direitos e também por um mundo
mais justo e por uma sociedade sem
violências;

Você que resiste aos sarcasmos daqueles
que a chamam de, pejorativamente, de
feminista liberal e que já ocupa um
espaço na fábrica, na escola, na
empresa e na política;

Você, eu, nós que temos a capacidade de
gerar outro ser, temos também o dever de
gerar alternativas para que a nossa Ação
criadora, realmente ajude outras
mulheres a conquistarem
a liberdade de Ser...

Feliz Dia Internacional da Mulher.... Parabéns para todas vocês minhas queridas... Beijos!

Obs.: Mensagem de Ilsa da Luz Barbosa.
Fonte: http://www.arteducacao.pro.br/homenagem/mulher/mulher.htm

sexta-feira, 6 de março de 2009

Sejam Bem Vindos!

Há muito tempo eu ensaio escrever e manter um blog, onde eu pudesse compartilhar com o mundo a minha visão sobre as coisas da vida. Afinal, se você observar nada é mais importante do que a própria vida.

Este pequeno fragmento de um dos meus poemas, coloca-nos de frente com a proposta deste blog, que será a desmistificação das experiências que compõe as coisas da vida, sejam elas laicas ou não.

Neste blog não farei apologia a nenhuma crença ou filosofia específica. Antes de tudo, é do meu interesse discutir com vocês nossas percepções sobre a vida de maneira geral. Assim, pretendo que o Blog seja bem diverso, tratando desde experiências relacionadas à política e aborto até mente e miséria.

Entretanto, não posso estender-me além do infinito do meu próprio mundo. Logo o que lerão reflete meu senso sobre as coisas da vida um dia contrastadas com a percepção de outras pessoas a minha volta. Espero manter com todos um excelente relacionamento. E desde já o Blog estará sempre aberto a críticas, elogios e sugestões.

Em suma, os temas do Blog irão centrar sobre os sentidos que puderem ser obtidos a partir das estrofes deste fragmento do poema publicado abaixo. Desta forma, nosso primeiro tema são "As Ilusões da Vida". Aguardem-me...

Abraços a todos...

Cose Della Vita (Coisas da Vida)

Coisas da vida,
são ilusões,
são pequenos percalços do tempo,
ditas complicações.

Coisas da vida,
são paixões,
luzes de uma estrada,
que está sempre inacabada.

Coisas da vida,
são encontros,
indesejados e insanos,
porém, vivenciados.

Coisas da vida,
são situações humanas,
do controle ao sentimento,
da pertença a ascendência...