Diário de um Pensador: “Amigos...Sempre”!
Prezados amigos, esta semana que se passou eu refleti muito sobre a amizade, tive experiências belíssimas com os meus amigos de faculdade e neste post irei comentar um pouco do que pensei. Afinal, eu já havia me esquecido do quanto é bom estar entre os amigos, em face da crescente quantidade de tarefas que tenho a fazer.
Eu já estava ficando deprimido e exausto. Parecia que minha luta já não compensava mais. Eu estava me isolando demais por causa dos meus objetivos ligados ao vestibular, e, por isso, entendi perfeitamente quando Vinicius de Moraes diz num de seus poemas que se todos os seus amigos sumissem ele haveria de ficar louco.
Engraçado que durante muito tempo eu realmente acreditei que não precisava de amigos em minha vida, talvez nesse tempo eu era o louco que Vinicius colocou. Neste tempo eu não tomei ciência da minha solidão e nem tão pouco via importância nisso. Então, nesta semana fiquei me lembrando do tempo em que estudava exaustivamente para simplesmente fugir das minhas dores.
Confesso que foi um tempo produtivo no plano acadêmico como nenhum outro tempo (especialmente nos três primeiros anos da graduação), eu me deitei sobre diversos campos das ciências humanas e sociais e avancei muito no curso de psicologia. Todavia, isso me roubou muito tempo de convivência com todos a minha volta. Eu era o que uma amiga certa vez me emocionou dizendo, uma verdadeira fortaleza, onde poucos podiam entrar.
Tudo isso, é claro, era resultado da enorme quantidade de agressões que eu havia sofrido durante os anos escolares. Eu me fechei para me proteger. Não queria que ninguém me machucasse mais. No entanto, ao me fechar eu perdi também a oportunidade de me relacionar com as pessoas agradáveis e amáveis que por ventura estivessem a minha volta, as quais, inclusive poderiam me ajudar a reaver a necessidade de demasiada defesa.
Nos encontros que tive com os meus amigos está semana, tudo isso me passou como um flash instantâneo e dia pós dia fui me lembrando do quanto o Flávio se abriu durante a graduação. E isso só foi possível porque me encontrava em um terreno onde as pessoas me permitiram e me ajudaram nisso.
Os anos psicoterapia contribuíram muito nesta mudança e é claro o meu esforço crescente em compreender as ciências humanas e sociais. Mais nada me mudou tanto quanto os meus amigos, e, é claro, não apenas os meus amigos da faculdade, mas todos os que compõem o meu círculo de amizades.
Hoje percebo que cada pessoa possui uma habilidade diferente e ímpar, com a qual podemos aprender um pouco, e, desta forma, melhorarmos enquanto seres humanos. Logo a máxima tende a ser verdadeira, quanto mais amigos possuímos maior é probabilidade de sermos pessoas mais sociáveis e possivelmente experimentarmos o sentimento de contentamento através do pertencimento. Evidentemente, que esta máxima é relativa porque depende da medida em que a pessoa reflete e crítica sua experiência diária.
Muitos poderiam me perguntar agora: Ah! Flávio esses amigos que você está mencionando são os que chamamos de verdadeiros e sinceros, não é? Então poderia lhes responder que não necessariamente, todas as pessoas que passam por nossa vida produzem mudanças significativas em nós. Afinal, como diria alguns existencialistas, ninguém sai ileso de uma relação.
Portanto, o que quero sinalizar a vocês é que por mais que tenhamos critérios quanto aos nossos amigos, dentre eles a sinceridade (mais precisamente a autenticidade), seríamos felizes em considerar a todos como amigos, pois, nós somos o resultado do desejo do outro, como dizia Lacan. Ou seja, neste mundo o Tu é tão necessário e vital quanto o Eu, como dizia Buber, porém, infelizmente poucos se certificaram disso. E infelizmente muitos são os que vivem acusando o mundo de seus infortúnios.
Poucos conseguiram sublimar a experiência considerada negativa e aproveitar o seu verdadeiro cerne, o conhecimento diário. Isso só é possível quando reconhecemos que a vida diádica é erguida em cima do sofrimento, pelo menos por enquanto. Bom seria é claro, que pudéssemos atingir outro status quo sem a necessidade demasiada do sofrimento. Outrossim, nenhuma crença irrestrita em regras de sobrevivência irá sobrepor o sabor de ser viver uma experiência.
Queridos, por hoje é só. Adoraria agora saber de vocês o como pensam sobre suas amizades e o quanto acreditam que elas contribuíram para formá-los enquanto seres humanos.
Abraços a todos vocês e linda semana...
1 comentários:
É falou tudo. TUDO MESMO!
Hoje em dia as pessoas não sabem valorizar amizades importantes que tem. Deixam o egoísmo falar mais alto..
Quando não amores, amigos, vida passageira...
Bom, o mundo mostra quem é quem
A vida vai mostrando as verdades e pessoas aprendem com essas experiências.
Tenho amigos que sei que são pra sempre... São poucos, mas verdadeiros.
Outros hipocritas vivem num mundo de faz de conta e de mentiras.
Pronto, falei... hauhauhaa
Saudades.
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